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* 'Não sabemos quanto tempo nos resta', postou farmacêutica duas semanas antes de ser morta a pedradas; Ex-marido é suspeito.

A farmacêutica Marcelle Christine de Bulhões, morta a pedradas nesta quarta-feira (8) na Cidade Universitária, em Maceió, militava nas redes sociais pela igualdade social e pelos direitos das mulheres. Nos posts mais recentes, ela mandava um recado para as mulheres e incentivava que rompessem ciclos abusivos.

"Vire a página. Dê um ponto final nas coisas que te fazem mal. A vida é um círculo, não um quadrado. Tenha pressa de ser feliz, porque nós não sabemos quanto tempo nos resta", postou a farmacêutica duas semanas antes de ser morta.

O ex-marido de Marcelle, principal suspeito do crime, é procurado pela polícia. Ela admitiu para amigas que tinha sido agredida por ele e que recebeu diversas ameaças de morte após o fim do relacionamento. No dia do crime, testemunhas disseram à polícia que ela foi vista discutindo na rua com o ex-marido.

Nas últimas semanas, Marcelle postou algumas mensagens mostrando que estava superando momentos difíceis e frisando sempre que era importante manter o sorriso no rosto. "O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior”.


Admiradora de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro, Marcelle buscava meios para combater a desigualdade. No Village Campestre II, fazia trabalhos sociais e sempre defendia a bandeira do direito à moradia e à alimentação.


Marcelle Christine era mãe de um jovem de 25 anos. A farmacêutica também trabalhava como consultora de beleza e vendia produtos para complementar a renda da família.


Atualmente, ela trabalhava no Hospital da Criança, no bairro do Jacintinho. Em nota de pesar, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lamentou a sua morte e destacou os seus melhores atributos profissionais.


"A Sesau se solidariza e presta condolências à família, amigos e colegas de trabalho pela perda prematura e irreparável de Marcelle, que sempre trabalhou com ética, dedicação e profissionalismo, exercendo suas funções com eficiência, agilidade e humanização", disse a nota.


A morte de Marcelle é investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). g1

Tragédia.

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