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* PF: Certificado de vacina de Laura Bolsonaro foi feito na véspera de viagem.

 O certificado da filha do presidente Jair Bolsonaro (PL), Laura Bolsonaro, foi emitido em inglês na véspera da viagem aos Estados Unidos, segundo a Polícia Federal.

A Polícia Federal afirmou que “chama a atenção” o certificado de vacinação contra a covid-19 de Laura ter sido emitido na língua inglesa, através do aplicativo ConecteSUS em 27 de dezembro, às 14h09. Dez minutos antes, no mesmo dia, Bolsonaro teria emitido o certificado dele.

No dia seguinte à emissão, Laura viajou com os pais de Brasília para Miami, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Eles voltaram ao Brasil no dia 26 de janeiro.

No certificado consta que Laura teria tomado três doses da vacina contra a covid-19.

Os dados de Laura foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde pelo Secretário Municipal de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Souza Brecha em 21 de dezembro, logo depois das inserções de Bolsonaro. Brecha está entre os presos na operação de hoje.

A PF ainda destacou que uma análise dos dados “não evidenciou qualquer fato suspeito relacionado à utilização indevida do usuário de Laura” para acessar o aplicativo e emitir o certificado de vacinação. Para a instituição, Michelle e Bolsonaro têm ciência de que “os dados de vacinação em nome de sua filha menor de idade são ideologicamente falsos”.

Assim como ocorreu com Bolsonaro, os registros de vacinação em nome de Laura foram posteriormente excluídos dos sistemas do Ministério da Saúde por outra servidora de Duque de Caxias.

A contextualização dos dados apresentados, considerando as manifestações públicas do ex-presidente de que não vacinaria sua filha, Laura, contra a covid-19, demonstram fortes indícios de que as inserções falsas podem ter sido realizadas com o objetivo de gerar vantagem indevida para a adolescente, por determinação de seus pais.” Polícia Federal

Entenda a operação:

Moraes determinou a “busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” de Bolsonaro e outros alvos.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi preso. Em depoimento à PF, ele foi aconselhado a ficar em silêncio.

Segundo a PF, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto. A fraude, segundo a PF, ocorreu em dezembro do ano passado, às vésperas da viagem do ex-presidente para os Estados Unidos.

Bolsonaro não livrou nem a filha seu moço.

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