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* Em discurso no STF, Moraes diz que “pseudo-patriotas” buscam “novo ataque golpista” com articulação nos EUA

O ministro do Supremo Tribunal Federal, (STF) Alexandre de Moraes, fez duras críticas a articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), e outros interlocutores bolsonaristas, junto ao governo do Estados Unidos, que confirmaram a imposição da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.

No documento que estabeleceu o tarifaço, o governo americano apontou que as ações de Moraes influenciaram a aplicação das tarifas, bem como as sanções da Lei Magnitsky contra o ministro, foram motivadas infração contra os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, mas também citou perseguições políticas contra “um ex-presidente brasileiro, o que está contribuindo para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada naquele país e para abusos de direitos humanos”.

Moraes afirmou que as ações de Eduardo e outros buscam cumprir, através da pressão econômica, o “modus operandi golpista”, visto no período após as eleições de 2022, que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023. As falas ocorreram nesta sexta-feira (1), durante discurso que marca a reabertura dos trabalhos na Corte no segundo semestre.

“O modus operandi é o mesmo, o modus operandi golpista é o mesmo, antes acampamentos na frente dos quartéis, invasão na Praça dos Três Poderes, para que com isso houvesse, como mais de 500 réus confessaram, houvesse a convocação de GLO e as Forças Armadas, gerando uma comoção nacional e aí houvesse a possibilidade do golpe. Repito, o modus operandi é o mesmo, incentivo a taxações ao Brasil, incentivo à crise econômica que gera crise social, que, por sua vez, gera crise política, para que novamente haja uma instabilidade social e a possibilidade de um novo ataque golpista”.

Moraes.

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