Uma mulher de 26 anos foi presa
na zona leste de São Paulo sob suspeita de ter envenenado o próprio filho com
um produto para matar ratos, que teria sido misturado a uma papinha de banana.
O bebê Dante Chiquinelli
Marcatto, de nove meses, morreu no Hospital Estadual Vila Alpina, na noite de
terça-feira (26). A mãe, Giovanna Chiquinelli Marcatto, nega o envenenamento,
segundo a Polícia Civil. Ela não apresentou advogado.
Giovanna procurou a Polícia Civil
na noite de terça para informar a morte do filho. Ela, que trabalha como
cozinheira, contou aos investigadores que a criança dormiu após comer a papinha
e tomar mamadeira. Por volta de 20h30, percebeu que o bebê estava com
dificuldades para respirar e o levou para o hospital.
De acordo com o boletim de
ocorrência, Dante chegou ao pronto-socorro em parada cardiorrespiratória. Após
tentativas de reanimação, o bebê morreu pouco antes das 21h.
O documento emitido pela Polícia
Civil foi elaborado como morte suspeita.
No dia seguinte à morte, o médico
legista responsável pela autópsia entrou em contato com o delegado do 70° DP
(Vila Ema) para explicar que o exame havia detectado partículas de raticida no
organismo de Dante, indicando a morte por envenenamento. Foram encontradas
sementes azuladas.
O relatório médico preliminar
apontou que seria impossível a criança ter ingerido o produto de forma
involuntária. O veneno teria gosto amargo, justamente para afastar a ingestão
acidental por crianças.
“As informações dos legistas
apontam que a morte se deu por volta de três horas após a ingestão da
substância. Ou seja, bate a ideia do horário em que ela deu a papinha de banana
com veneno para a criança”, disse o delegado Alexandre Bento, responsável pelo
42° DP (Parque São Lucas).
Os policiais foram à creche onde
Dante ficava algumas horas do dia, ao prédio em que a mãe e filho moravam e à
casa de parentes. Mamadeiras e outros objetos foram apreendidos na residência
da mulher.
Durante as ações, os
investigadores identificaram a loja onde Giovanna teria comprado o veneno. Os
responsáveis pelo estabelecimento forneceram imagens de uma câmera de segurança
que mostram a mulher pagando por um produto já dentro de uma sacola.
O pedido de prisão temporária de
30 dias, que partiu do 42° DP, foi aceito pelo Ministério Público. A Justiça
entendeu ter indícios contra Giovanna.
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