O governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos), está cada vez mais à vontade no figurino de
candidato à Presidência da República, e paga pedágio ao ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) no modo "Bolsonaro acima de tudo" ao defender o pacote
da anistia no Congresso e radicalizar o tom em relação ao Supremo Tribunal
Federal (STF).
Chamou particular atenção os
ataques de Tarcísio, durante o ato do Sete de Setembro na Avenida Paulista, ao
ministro Alexandre de Moraes no domingo (7), quando disse que o relator do
inquérito é uma espécie de "tirano". A mudança de tom foi observada
no STF, em especial por um ministro com quem Tarcísio sempre teve boa relação.
Na avaliação desses magistrados,
Tarcísio foi para "tudo ou nada" acordado com Bolsonaro, em troca da
benção à sua candidatura em 2026. E chamam a estratégia de
"vassalagem" não só a Bolsonaro – mas aos EUA, que impuseram taxas
prejudicando o Brasil, sendo o estado governado por Tarcísio como principal
prejudicado.
Um dos aliados mais próximos de
Tarcísio explica que ele já é candidato, numa operação
capitaneada pelo presidente do PP, Ciro Nogueira. E que a principal resistência
não é Jair: é Eduardo Bolsonaro. Mas completa esse aliado: "Vai ser goela
abaixo, porque o centrão está fechado com ele".
O que está em aberto, segundo
fontes do centrão, é a vice da chapa da direita em 2026. Se for candidato, como
disse Valdemar Costa Neto ao Estúdio i na semana passada, Tarcísio irá para o
PL. Dessa forma, a vice será negociada com a federação PP-União Brasil. g1
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