Responsável pelo sucesso na articulação e tramitação da reforma da
Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não almeja
disputar a Presidência da República ou o governo do Rio de Janeiro. Para
ele, sem reformas aprovadas, não há motivo para tentar um cargo numa
eleição majoritária. “Não quero ser administrador de crise”, disse. Maia
recebeu a reportagem do Estado nesse sábado, 13, na residência oficial.
Para ele, um candidato que queira ter capacidade para enfrentar
Bolsonaro em 2022 precisa caminhar da direita para o centro ou para a
centro-esquerda.
O presidente da Câmara disse que defendeu a reforma da Previdência
por convicção, não por compromisso com o governo, em reiterou que pode
apoiar quem quiser para a presidência em 2022. “Por que eu tenho que ter
lealdade a esse governo, do ponto de vista político?”, disse. Ao falar
sobre o afastamento entre ele e Paulo Guedes, após o ministro da
Economia criticar os parlamentares, Maia disse que ainda o admira.
“Troco WhatsApp. Eu não bloqueei ele ainda”, disse.
Após a votação da reforma da Previdência, Maia deixou claro que o
governo terá dificuldades para emplacar a sua pauta de projetos. “Vamos
tocar as pautas de Estado. As pautas de governo, se esse diálogo não
melhorar, vai haver muita dificuldade de tocar”, disse. Ele avisou que
será difícil ter voto para aprovar as privatizações. Essa é uma das
principais agendas do plano do ministro Paulo Guedes para a fase
pós-previdência.
Nossa...
Estadão Conteúdo
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