Augusto Aras,
procurador-geral da República, vai pedir autorização ao STF (Supremo Tribunal
Federal) para investigar Milton Ribeiro, ministro da Educação, após aúdios revelarem um esquema de pagamento de propina no
MEC. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Na última
terça-feira, 22, o jornal O Estado de S. Paulo revelou
conteúdo de gravações em que Milton Ribeiro admite que
prioriza o atendimento a prefeitos
que chegam ao ministério por meio dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Falando a dirigentes municipais dentro do ministério, Ribeiro disse que segue
ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na conversa gravada,
Milton Ribeiro diz que a liberação de recursos foi um "pedido
especial" de Bolsonaro. "Foi um pedido especial que o presidente da
República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar (Santos)", diz
ele - Arilton Moura e Gilmar Santos estavam presentes na reunião. "A minha
prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo,
atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", diz ele. O áudio foi
revelado pela Folha de S.Paulo.
Nesta quarta,
o Estadão trouxe a informação que o pastor Arilton
Moura, um dos integrantes do gabinete paralelo do MEC chegou a pedir pagamento em
ouro para liberar recursos da pasta destinados à
construção de escolas e creches em municípios, revelou o prefeito Gilberto
Braga (PSDB), de Luís Domingues, no Maranhão.
Segundo Braga, o pastor cobrava outros R$ 15 mil apenas para abrir protocolos de demanda no ministério. Depois que a demanda fosse atendida, outro valor era solicitado, o que poderia variar de caso a caso.
Para mim, como a minha região era
área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”, revelou o prefeito. “Ele
(Arilton) disse: ‘Traz um quilo de ouro para mim’. Eu fiquei calado. Não disse
nem que sim nem que não”, acrescentou Braga que, segundo ele, não aceitou a
proposta e também não recebeu a verba solicitada ao MEC.
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