Um episódio de violência extrema
chocou a Argentina na noite de quinta-feira, em Berazategui, na região
metropolitana de Buenos Aires. Jonathan Smith, de 35 anos, jogador do Lamadrid
e pai de uma atleta sub-16, terminou com a chave de um carro cravada na cabeça
após uma briga generalizada durante uma partida do campeonato nacional de
futebol feminino de base.
Smith estava nas arquibancadas
assistindo à filha, Mía, jogadora do Estrella de Plátanos, em um duelo contra o
Colegiales, quando uma discussão entre pais e torcedores rapidamente evoluiu
para uma batalha campal. No meio da confusão, o homem foi brutalmente atacado
por Gastón Omar Álvarez, de 40 anos, que o feriu com a chave metálica. O
impacto foi tão forte que provocou uma fratura craniana.
Mesmo com o objeto preso à
cabeça, Smith permaneceu consciente, embora visivelmente atordoado. Ele foi
levado às pressas ao Hospital Evita Pueblo, onde passou por uma cirurgia de
emergência. O procedimento foi considerado bem-sucedido, mas o jogador segue
internado na UTI e seu estado de saúde atualizado ainda não foi divulgado.
A filha dele, Mía, de 16 anos,
também sofreu agressões durante o tumulto, porém sem gravidade. Segundo
testemunhas, inclusive a esposa de Jonathan, Romina, a confusão começou quando
jogadoras de ambas as equipes iniciaram um desentendimento dentro de campo, que
acabou envolvendo pais e demais espectadores.
O agressor, Gastón Omar Álvarez,
que possui histórico de envolvimento em episódios violentos e atua em
categorias de base do futebol local, foi detido e formalmente acusado de
tentativa de homicídio. Ele poderá enfrentar até 17 anos de prisão. Segundo relatos,
após o ataque, Álvarez permaneceu no local aparentemente mais preocupado em
recuperar a chave usada no crime do que com as consequências.
Romina descreveu momentos de desespero e caos:
"Quando vimos que nossa filha e outra jogadora começaram a lutar, corri
para tentar separá-las. Mas tudo fugiu do controle. Quando percebemos que
Jonathan tinha uma chave cravada na cabeça, foi aterrorizante."
Após mais de 12 horas com o
objeto alojado no crânio, os médicos decidiram realizar a cirurgia que, de
acordo com a família, ocorreu de maneira positiva.
O caso gerou grande repercussão
no país e reacendeu debates sobre violência em eventos esportivos,
especialmente nas categorias de base, onde crianças e adolescentes deveriam
encontrar um ambiente seguro para competir. A investigação segue sob responsabilidade
das autoridades argentinas.
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