O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Polícia
Militar deflagraram nesta quinta-feira (28) a operação Cancão, com o
objetivo de combater uma facção criminosa que age dentro e fora de
unidades prisionais potiguares. Ao todo, foram cumpridos
42 mandados de prisão preventiva e outros 65 de busca e apreensão em 15
municípios. O nome da operação é referência a uma ave típica do
semi-árido nordestino.
Até o momento, foram realizadas cinco prisões em flagrante por
crimes de tráfico de entorpecente e porte ilegal de arma de fogo e de
munições. Duas foram efetuadas em Carnaúba dos Dantas, duas em Currais
Novos e uma em Parelhas. Além das prisões, também
houve apreensão de 2kg de maconha na cidade de Cerro-Corá.
A ação é fruto de uma investigação iniciada em 2017 para apurar a
atuação da organização criminosa principalmente nas cidades de Currais
Novos, Parelhas, Lagoa Nova, Acari, Cerro-Corá e São Vicente, todas na
região Seridó. As investigações apontam que
a principal atuação do grupo é a aquisição, transporte, armazenamento e
distribuição de drogas ilícitas na região. Além disso, a facção também é
responsável por homicídios, roubos, furtos e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Natal, Parnamirim,
Caicó, Currais Novos, Parelhas, Jardim do Seridó, Lagoa Nova, Acari,
Cerro-Corá, Florânia, Tenente Laurentino Cruz, São Vicente, Carnaúba dos
Dantas, São Rafael, Cruzeta.
Desde o início das investigações do MPRN, houve 39 prisões em
flagrante de integrantes da facção por tráfico de drogas na região.
Mesmo presos, alguns deles continuavam a comandar os crimes de dentro de
unidades prisionais. Dos 42 mandados de prisão cumpridos
na operação Cancão, 25 são contra alvos já presos.
As investigações apontaram que alguns integrantes da facção, mesmo
presos, continuavam suas ação, apenas mudando a metodologia criminosa,
que passa a ser de forma indireta, através de pessoas que eram
instrumentalizadas em formas de “mulas”, “gerentes”,
“aviões”, “mocós” e “vaqueiros”, retroalimentando a criminalidade nas
ruas também através de roubos, furtos e homicídios planejados a partir
das unidades prisionais.
Para o MPRN, as prisões preventivas ocorridas na operação são
necessárias porque “a liberdade dos investigados põe em risco a
tranquilidade e a paz do meio social, uma vez que, integrantes de uma
organização criminosa com hierarquia estrutura, planejamento
empresarial, divisão funcional de atividades e alto poder de
intimidação, voltarão a praticar de forma reiterada infrações penais,
sejam como autores sejam como partícipes, sobretudo àquelas que
constituem o meio para a obtenção de vantagem do grupo criminoso
(roubo e tráfico de drogas)”.
Além das prisões já efetuadas, também houve apreensões de drogas
feitas decorrentes da investigação. Ao todo, foram apreendidos com
integrantes da facção 14 quilos de maconha, 3 quilos de cocaína e 6.400
quilos de crack.
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Apreensão na pauta.
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